11 de mai. de 2011

I. Alice

"Uma parte de mim não percebe o erro. A outra parte me culpa e condena-me à penitência."
É impossível querer enxergar o que não existe ou ainda martirizar-se por algo não feito.
Tento compreender o silêncio. O barulho me assusta, mas não reclamo, aceito.
A música calma alivia o cansaço. Tento apagar da memória o que não faz sentido. Distraio o pensamento pensando, enquanto a consciência adormece atormentada.
A lembrança alheia chega na porta esperando que a vergonha bata ma cara. 
O medo do inesperado não me assusta e nem me surpreenderá a surpresa de amanhã.
Fecho os olhos e ainda posso ver flashes de um quebra-cabeça desmemoriado.
Peça soltas num labirinto fingem se esconder. Conheço todas elas. Sei exatamente onde se encaixam, mesmo que ela fujam, eu sei.
A palavra doce vem na hora certa. É bem dita, porém, mal compreendida. O açúcar dessas letras me enjoa, deixando minha boca tão doce, que até posso sentir o amargo do sal.
Meia hora... E tudo virou um tornado. Um turbilhão. Um furacão. Fui junto com eles. Amanhã, depois e ontem. Fujo junto com eles hoje e agora. Fomos sem mais. Sem pretensão de volta, retorno ou visita. Fomos e vamos. Tchau. "
Ismara Alice


 Penso em escrever algo novo mas nada vem em mente.
Não parei de sentir, muito menos perdi a inspiração. Eu só não sei por onde começar.
Já começando...


















Na falta do que escrever resolvi postar esse texto da Ismara. Além de lindos, como ela, esses textos vêem transbordando de emoções. Me identifico muito com a forma de escrever dela e sempre encontro algo que encaixe no meu momento.
Esse não se enquadra MUITO comigo, ou no momento.. mas eu gostei da peculiaridade das palavras.
É só.



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